Após o encontro entre Donald Trump e Kim Jong-Un, muito tem sido falado sobre oportunidades de negócios na Coreia do Norte. A situação entre os dois países ainda não está clara, mas empresas americanas já estudam a possibilidade de investir no regime socialista. Algumas tímidas mudanças têm sido observadas. Recentemente, por exemplo, a Coreia do Norte permitiu que cidadãos estudassem empreendedorismo, apesar do aparente conflito com as práticas socialistas.
Mas alguma empresa se arriscaria a colocar dinheiro na economia norte-coreana? Surpreendentemente sim. Com diversas reservas naturais e um mercado com grande potencial, algumas empresas já dão indícios que estariam dispostas a arriscarem o investimento, mesmo com a insegurança política.
“Pense no país com uma perspectiva de investimento imobiliário” – Donald Trump
Como é conversar com um robô? A IBM organizou dois debates entre humanos e o “Project Debater”, um computador com inteligência artificial. Cada lado recebia um tópico aleatório e tinha 4 minutos para introduzi-lo livremente, recebendo uma réplica do lado oposto. O Project Debater citou fontes, contou piadas e ainda considerou a afinidade da audiência por crianças e veteranos para compor seus argumentos.
Por falar em IA, a equipe médica do Google começou a treinar seu sistema que avalia o risco de morte entre pacientes de hospitais, o que trará uma previsão mais precisa que as das ferramentas existentes. A ideia inicialmente não é achar curas para essas situações, mas a partir daí, a empresa quer prever não somente o risco de morte, mas também sintomas e doenças.
A Bird se tornou a startup que alcançou mais rapidamente a valoração de US$ 1 bilhão. Fundada em setembro de 2017, a empresa está se destacando nas ruas americanas com seus scooters elétricos. Para uma comparação, a Airbnb demorou 3 anos para alcançar a marca.
Quanto custa seu outfit? A Supreme, uma grife de skatistas de NY, já vale US$ 1 bilhão com apenas 11 lojas e virou um fenômeno. A título de comparação, a Abercrombie & Fitch, por exemplo, tem 900 lojas e vale US$ 1,8 bilhão. A Supreme foi fundada em 1994 por James Jebbia, um americano que cresceu na Inglaterra e curiosamente nunca andou de skate.
Disney x Comcast. A 21st Century Fox aceitou a nova proposta de compra da Disney, que teria aumentado o valor oferecido para US$ US$ 71.3 bilhões, após ameaça da Comcast. A proposta anterior da Disney tinha sido de US$ 52,4 bilhões. A empresa ainda estaria próxima de aprovar o projeto com a Lei Antitruste, que regulamenta empresas nos EUA para promover uma concorrência leal. Ela teria concordado em vender alguns ativos para evitar problemas de concorrência.
Catapulta espacial. Alphabet, Airbus e Kleiner Perkins investiram US$ 40 milhões na SpinLaunch, uma startup do Vale do Silício que está construindo uma máquina para catapultar objetos para o espaço. Em vez de usar querosene e oxigênio líquido como propulsor, a ideia é girar o foguete a 8000km/h e lançá-lo à órbita.
A cidade de NY começa a se preocupar com o crescimento do Uber, à medida que o número de veículos de apps de transporte já ultrapassa números alarmantes. Hoje são 80 mil, com 2 mil novos motoristas sendo adicionados todos os meses na cidade. Além disso, o suicídio de 6 taxistas e os congestionamentos constantes fazem a prefeitura acompanhar o caso de perto.
O Walmex contratou o CEO do Mercado Livre mexicano para liderar sua operação online. A subsidiária do Walmart no México sofre para aumentar sua participação nas vendas online e vê a Amazon aumentar a pressão. Num país onde mais da metade da população adulta não tem cartão de crédito, o grande diferencial da Amazon foi ter lançado uma plataforma de pagamento em dinheiro que permite com que os consumidores carreguem suas contas fazendo depósitos nas lojas da 7-Eleven.
As ações da PagSeguro sofreram uma grande queda em NY, seguindo o anúncio de um follow-on “surpresa”. A venda de ações por parte dos controladores cinco meses após o IPO e uma nova oferta primária para reforçar o caixa aumentaram os temores de que a competição pode estar mais acirrada do que o esperado e colocaram em xeque as vantagens competitivas da companhia.
O Cubo Itaú fechou parceria com a Kroton, que será a responsável por um andar voltado à educação, a ser inaugurado no início do segundo semestre, dedicado ao fomento de edtechs. A conexão entre as instituições dá origem ao Cubo Education, selo que agrega ainda mais valor e conhecimento tecnológico ao desenvolvimento da educação no Brasil.
Acusada de sonegar R$ 4 bilhões em impostos, e com suas contas bloqueadas, a Dolly fechou sua fábrica em Tatuí (SP), demitindo 700 funcionários. Outras unidades da empresa também estão sentindo os efeitos do bloqueio. Laerte Codonho, o dono, diz ser perseguido por um complô formado entre a procuradoria e a Coca-Cola.
Pela primeira vez no Reino Unido pagamentos eletrônicos com cartão de débito superaram os com dinheiro físico. Consumidores fizeram 13,2 bilhões de pagamentos via débito e 13,1 bilhões usando dinheiro em 2017. Nos próximos 10 anos, pagamentos em débito no país devem crescer 50%.
O Instagram lançou o IGTV, um aplicativo para vídeos mais longos em formato vertical e que também terá uma aba no seu app. O objetivo é concorrer com o Youtube, tornando mais fácil encontrar vídeos através de dispositivos móveis. A empresa ultrapassou na semana a barreira de 1 bilhão de usuários ativos.
Já o Facebook lançou a possibilidade de criar grupos com cobrança de assinatura mensal. Ainda está em fase de testes e não está aberto ao público geral.
40% dos usuários deletaram pelo menos uma das suas contas em redes sociais no ano passado. Uma pesquisa da Edelman revelou que, por medo de invasão de privacidade e falta de confiança, muitas pessoas estão abandonando as redes. Na média, 70% dos participantes acreditam que anunciantes devem pressionar os sites a combaterem fake news e remove conteúdos ofensivos. Além disso, 48% culpam as marcas que aparecem em conteúdos violentos.
Sucesso em países da Ásia, o Café Snoopy chega ao Brasil e conquista público antes mesmo de abrir. Com uma loja temática em São Paulo, a ideia é fazer uma imersão num universo lúdico através de um simples encontro para tomar um café. A novidade já conquistou diversas pessoas que souberam da estreia antes mesmo da cafeteria abrir as portas. As decorações dos pratos são o ponto alto da casa.
Na ponta do lápis, a Coreia do Norte tem algumas características atraentes para empresas estrangeiras, sendo a principal delas a localização. Está localizada no meio de uma rica cadeia de fornecimento na Ásia, que inclui China, Coreia do Sul e Japão.
Sua economia também tem um grande potencial. Especialistas afirmam que o país se encontra hoje onde a China se encontrava na década de 1980. Se for verdade, é um bom sinal. Nesses últimos 40 anos, o PIB chinês cresceu mais de 50 vezes, se tornando o terceiro maior do mundo, atrás apenas dos EUA e da União Europeia.
Apesar de empobrecida, a população norte-coreana é razoavelmente educada e certamente os custos trabalhistas por lá seriam baixos. Mas existe um grande problema: a incerteza do governo controlado com a mão pesada de Kim. E onde há incerteza, investidores pensam duas – ou três – vezes antes de colocar dinheiro.
Em 1998, a Hyundai começou a operar um resort na Coreia do Norte para turistas da Coreia do Sul. Ao longo de 10 anos, o complexo atraiu 2 milhões de visitantes, até que um deles foi morto por um guarda norte-coreano. O projeto foi confiscado por Pyongyang e a empresa perdeu seu acesso ao país. A Suécia, por sua vez, espera o pagamento de mil Volvos exportados na década de 70.
Vale lembrar que áreas de risco, embora sejam ambientes hostis para negócios, nunca impediram investimentos estrangeiros. A seu favor, sua principal aliada, a China, poderia interceder nas negociações e liderar o processo de transformação, garantindo um ambiente de (maior) segurança para empresários. Mas é sabido que o país não tem interesse nenhum em ver americanos por aquelas bandas.
De qualquer forma, o exemplo chinês mostra o poder do comércio no desenvolvimento das nações. E você, investiria no país? Participe da enquete.
Ainda nessa semana, nota-se a discrepância na parcela de pessoas que usam pagamentos eletrônicos do Reino Unido e México. Enquanto o primeiro está caminhando para se tornar uma sociedade cash-free (como a Suécia e Noruega), o segundo ainda pena para alavancar o e-commerce, modalidade que tem crescido mundialmente, já que as pessoas ainda não têm acesso a cartão de crédito.
No Brasil, em torno de 75% das pessoas já possuem cartões de crédito, mas nem todas têm conta bancária (estima-se que 32% dos adultos ainda não tenham uma conta). E por aqui temos algo mais grave: mais de 2/3 dos usuários de cartão não têm controle ou não sabem que pagam mais de 200% a.a. em juros rotativos quando deixam de pagar a conta.
A tendência para a migração do dinheiro para meios eletrônicas é incontestável. Mas em países emergentes ainda haverá muita dificuldade no caminho.
— Daniel Scott
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