Essas regras estúpidas fazem as melhores pessoas se demitirem

Atrair bons colaboradores é um dos maiores desafios das empresas. Entretanto, um desafio ainda maior, é mantê-los satisfeitos e motivados dentro da própria empresa. Às vezes, regras sem sentido podem acabar afastando-os.

Quanto mais regras, menos paixão você encontrará no seu time

Frequentemente, os melhores colaboradores podem sair da empresa pois obtiveram uma melhor oportunidade em outro lugar. Mas, em boa parte das vezes, eles acabam se demitindo por causa de normas que vão causando uma grande dor de cabeça ao longo do tempo.

Podem ser pequenas coisas. Mas que, com o passar do tempo, vão acumulando e se transformando em uma grande bola de neve.

Várias empresas criam culturas de regras rígidas. E, dessa forma, seus gestores podem achar que estão com tudo sob controle. Entretanto, um excesso de regras quase nunca é uma boa ideia. Confira abaixo as principais regras estúpidas que afastam aqueles que nunca deveriam ser afastados.

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1 – Processos de contratação sem lógica

Quem nunca passou dias preparando o currículo e uma carta de apresentação cuidadosamente para se inscrever em diversos processos seletivos que, simplesmente, não deram nenhum retorno?

Para muitas empresas, o processo seletivo não é apenas sem lógica, mas desumano. A começar pela linguagem das descrições das vagas, que é sempre a mesma baboseira corporativa.

Depois, os candidatos são tratados como produtos num supermercado e, muitas vezes, ficam semanas esperando novidades sobre o processo. Com sorte recebem algum retorno se não são aceitos.

De fato, fazer a contratação de funcionários não é fácil. Mas, frequentemente, gestores reclamam da falta de talentos quando, na verdade, o que falta é um processo seletivo mais humano e eficaz. E é exatamente o processo seletivo que é a porta de entrada para o colaborador. E também onde ele obtém a primeira impressão da empresa.

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2 – Horários de trabalho rígidos

No mundo moderno, muitas posições de trabalho já não comportam mais horários rígidos de presença no local de trabalho. Se a gestão for feita de forma adequada, os funcionários estão cientes sobre qual é o trabalho a ser feito. Assim, deveriam ter uma opção maior de escolha de onde e quando podem trabalhar.

E isso não significa abandonar as atividades no escritório, mas dinamizar a rotina, possibilitando novas alternativas que possam gerar mais produtividade.

Hoje o que manda é a produtividade. O colaborador deve ser capaz de fazer o próprio julgamento do quanto ele está produzindo e agregando valor para a empresa. Se ele não for capaz de ter essa responsabilidade, sequer deveria ter sido contratado.

Forçar o colaborador a permanecer no escritório sem que ele tenha nada para fazer pode ir desgastando sua motivação ao longo do tempo. Um bom colaborador saberá quando é a hora de sair mais cedo e quando é a hora de ficar até mais tarde.

3 – Regras para aprovação de decisões

Um dos principais fatores que prejudicam a produtividade de uma empresa é a burocracia na tomada de decisões. Isso é resultado, na maioria das vezes, de uma falha em delegar decisões para os colaboradores.

Em seu livro “Trabalhe 4 horas por semana”, Tim Ferris relata como conseguiu desatravancar centenas de processos na sua empresa permitindo que seus funcionários pudessem tomar decisões que custassem menos de $100.

Dessa maneira, ele não precisava ficar o dia inteiro respondendo emails autorizando medidas que teriam um baixo impacto na empresa e tinha mais tempo para se dedicar para coisas mais importantes.

Você quer mesmo botar seus melhores e mais produtivos trabalhadores para perder tempo correndo atrás de autorização para executar coisas simples? Não parece muito lógico, já que, além de desperdiçar tempo e dinheiro, mostra ao funcionário que você não confia no julgamento dele.

4 – Tirar o dia livre

Se um funcionário não está se sentindo bem, por que obrigá-lo a ir ao escritório? Isso não só reduzirá sua produtividade, como também poderá retardar sua recuperação.

Seres humanos são propensos a ficarem doentes ou indispostos. Qualquer empresa deve estar pronta para situações de contingência como essa. É claro que há casos e casos, portanto, às vezes, realmente um sacrifício é necessário. Mas não sempre.

É muito fácil saber quem realmente precisa de um dia livre e quem está abusando da boa vontade da empresa. Basta monitorar corretamente. Portanto, não há motivos para não dar um voto de confiança ao colaborador.

Novamente, se a pessoa não possui esse tipo de responsabilidade, não deveria ter sido contratada para início de conversa.

5 – Regras para uso de celulares e internet

Impedir que a pessoa use o celular ou acesse certos sites não vai torná-la mais produtiva. Pelo contrário, só fará com que ela gaste tempo tentando burlar essas regras. E sim, todos burlam essas regras, até quem as criou.

Fica aqui uma grande dica: transforme o limão em limonada. Uma pessoa verdadeiramente produtiva simplesmente não vai ter tempo para ficar no celular ou no Facebook. Portanto, não precisa proibir o acesso.

Aproveite para verificar quem são os funcionários produtivos e disciplinados e quem são aqueles que ficam o dia inteiro grudado no celular.

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6 – Presença em eventos sociais da empresa

Muitas empresas enxergam eventos sociais como forma de melhorar sua imagem junto ao colaborador e tentar gerar uma interação entre eles. Porém, na prática, nem sempre é o que acontece.

Quando ocorrem em excesso, esses eventos passam a se tornar exaustivos. Corrida corporativa em uma semana, churrasco na outra, amigo oculto na seguinte… Bom lembrar que o funcionário está deixando de passar esse tempo com sua família para passar com gente que ele já vê todo dia e não necessariamente são seus amigos.

Economizar dinheiro em um evento desses também é algo que nunca deve ser sequer cogitado. Além de passar uma péssima impressão para o funcionário, só colabora para que eles fiquem com ainda menos vontade de comparecer.

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9 Comentários

  1. André K disse:

    Simplesmente excelente.
    Infelizmente não enxergo a maior parte do que foi abordado mudando nas empresas. Um universo ridiculamente pequeno de empresas (Google, é com você!) trabalham dessa forma, o resto não quer e não vai mudar. Essas, apenas ficam na hipocrisia de estarem perseguindo essas ideias quando na verdade estão praticando o exato oposto.

  2. Arianni Oliveira Menezes disse:

    Infelizmente a cultura organizacional da maioria das empresas brasileiras ainda está no sistema arcaico de quase semi-escravidão da mais-valia, no qual o funcionário é comparado a um robô de produção sem que suas necessidades e particularidades humanas sejam priorizadas. Contudo, graças a concorrência, aos poucos essa postura isso está mudando, e certamente, chegará num ponto em que haverá consenso que para um bom funcionário tonar-se cada vez mais produtivo é necessário que ele esteja satisfeito com suas condições de trabalho.

  3. Alberto Góes disse:

    Numa época conturbada e dificuldade de encontrar clientes pode ser um diferencial, as empresas são feitas de pessoas.

  4. Cristiane Cardoso disse:

    (Em seu livro “Trabalhe 4 horas por semana”, Tim Ferris relata como conseguiu desatravancar centenas de processos na sua empresa) – Próxima leitura sem dúvidas! Parabéns pelo artigo

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