Especialistas estimam que o número de turistas estrangeiros no Rio de Janeiro, durante o período olímpico, pode chegar a 500 mil. Os Jogos Olímpicos Rio 2016 devem movimentar mais de US$ 1 bilhão na economia da cidade (apenas em turismo), gerando aproximadamente 100 mil empregos diretos e indiretos. Com isso, milhares de empreendedores estão lutando para obter uma fatia do bolo.
Na última Olimpíada – em Londres – houve uma grande demanda não atendida pelos empresários, que não foram capazes de aproveitar o tamanho das oportunidades disponíveis. Portanto, se você é empreendedor e quer aproveitar para crescer profissionalmente, a Olimpíada Rio 2016 pode ser o catalisador para realizar seu sonho de montar um negócio inovador.
É importante ressaltar que você deverá ter muito cuidado ao associar seus produtos e negócios à marca registrada dos jogos olímpicos. O comitê organizador dos jogos é muito rigoroso e é extremamente rápido em remover mercadorias não oficiais que estampem o logo das Olimpíadas. Há, inclusive, o risco de ser processado.
Dito isso, abaixo está uma lista com 6 negócios arrojados que eu acredito que revolucionariam o setor do turismo, durante e após o período olímpico:
O setor hoteleiro é certamente um dos que mais se beneficiam em grandes eventos que atraem turistas. Porém, o aumento da concorrência gerada por alternativas como Hostels e sites como Airbnb, irá fazer com que o setor tenha que passar por uma reforma grande, assim como os taxistas estão passando com o Uber.
Tem crescido, especialmente na Europa, o número de Hotéis Low Cost. Estes são hotéis que conseguem reduzir seus custos realizando melhorias nos processos e com medidas simples como o self-service dos clientes (eles mesmo fazem tudo em maquininhas, como retirar as chaves, por exemplo), a opcionalidade do serviço de limpeza de quarto e a utilização de vending machines como novas fontes de receita.
A eficiência operacional e dos processos é fundamental para a gestão desses hotéis, já que a redução de custos é essencial para o sucesso do empreendimento. (Se interessou? A Skala Consulting oferece soluções de eficiência para negócios como esse)
Essa é uma novidade que eu vi no Japão e depois descobri que está engatinhando em alguns países da Europa. Quando o visitante chega no Japão, a melhor opção é procurar um “Wi-Fi de bolso”, um aparelhinho do tamanho de um chaveiro que roteia internet 4G para até 10 dispositivos simultaneamente. O pagamento é feito no sistema de diárias e o dispositivo pode ser retirado em aeroportos e estações de trem.
Para mim, um grande negócio será quando alguém botar uma barraquinha alugando Pocket Wi-fi na porta de desembarque dos principais aeroportos internacionais do Brasil. Óbvio que estudos precisam ser feitos, mas já falei com muitos estrangeiros que reclamaram do acesso à internet no Brasil e na dificuldade de se comprar um SIM Card aqui.
Turistas do mundo inteiro pagarão um bom dinheiro para poder ter acesso à internet 24 horas por dia, em qualquer lugar do país, em todos seus dispositivos portáteis. (essa é a minha aposta!)
Essa ideia pode parecer um tanto quanto louca, mas veja só isso. Já viajou em excursão com um grupo de turistas? Então, provavelmente, você deve ter usado um aparelho tipo um walk-talk no qual você pode ouvir as explicações do guia e ser alertado sobre os horários de pegar o ônibus de volta, etc.
Pois bem, me surpreendi ao conversar com alguns profissionais do ramo, que me informaram que as empresas de turismo brasileiras não têm interesse em possuir esses rádios, logo elas alugam de uma empresa por um certo tempo e depois devolvem.
E de onde elas alugam? Pasmem, de uma empresa da Austrália, que envia os rádios por correios até nosso país! Conecte os pontos e você terá um excelente nicho de mercado ainda pouco explorado!
Uma pesquisa recente mostrou que o terceiro maior desafio e reclamação de turistas ao viajar é a alimentação. Ao chegar num país desconhecido, é difícil encontrar um lugar rápido, nutritivo, barato e cujos atendentes falem inglês. Já passei bastante por isso. Felizmente, o Brasil talvez tenha uma das melhores culinárias do mundo, portanto, empreendedores devem explorar esse potencial.
Turistas mais exigentes e com mais recursos demandam algo diferente da monotonia dos itinerários típicos e o caos de grandes grupos. Motoristas privados atendem a pequenos grupos e ainda trabalham como guia turístico, levando-os a lugares que normalmente não são visitados, com uma flexibilidade muito maior de horário. Um motorista ideal oferece um serviço de extrema qualidade, tempo e dedicação integral ao turista, além de individualidade.
Posso citar dois exemplos de pessoas que conheço: i) O Jota, um empreendedor brasileiro com uma ótima história de vida, que se transformou em um empresário de sucesso e hoje é conhecido como o motorista das celebridades em Miami; ii) O Nikos Loukas, que trabalha há anos com turismo privado pela Grécia, realizando ótimos roteiros personalizados para cada cliente ou grupo, acompanhando-os de perto por todo o período no qual eles estão no país.
Uma modalidade que tem crescido muito na Europa são os chamados walking tours. Estes são passeios gratuitos e a pé, normalmente realizados por estudantes universitários, que levam grupos de turistas pela cidade, de uma forma não usual: a pé e, se necessário, usando o transporte público.
Os passeios são uma ótima forma de se aproximar da cultura local. Os guias devem ser fluentes em inglês e, de preferência, em outras línguas.
A remuneração se dá em gorjeta, portanto varia em função da qualidade do serviço. Mas, normalmente, os turistas tendem a ser generosos e, além disso, é uma ótima forma de se ganhar dinheiro em moeda valorizada (dólar e euro)!