A Noruega foi, sem dúvidas nenhuma, o grande destaque dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang 2018, que acabaram há pouco mais de 1 mês. Mas como um país de pouco mais de 5 milhões de habitantes conseguiu sair na frente de todos os outros na quantidade de medalhas?
Pegue, por exemplo, a quantidade de medalhas ao longo de todas edições da competição. Você verá que a Noruega possui 20% mais medalhas do que os EUA, o segundo lugar no ranking. Isso mesmo com uma população que não representa nem 3% da americana. Como é possível essa discrepância?
É claro que a Noruega é um dos países mais ricos do mundo, o que, por si só, já é parte da explicação. Além disso, ela é conhecida não somente por ter vikings, alces e o Big Mac mais caro do mundo, mas também pela quantidade de neve que cai por lá – o requisito fundamental para jogos de inverno.
Mas existem outros fatores que ajudam a explicar o êxito norueguês. Não só isso, mas esses fatores também servem como lição de motivação e liderança para qualquer tipo de equipe. Inclusive a sua, no seu próprio trabalho. Veja abaixo o que a Noruega nos ensina sobre formação de equipes:
Lá as crianças não são estimuladas a competirem umas com as outras até que sejam adolescentes. O país acredita que é melhor condicionar as crianças assim porque elas podem se concentrar em se divertir, estar com seus amigos e se desenvolver melhor.
A equipe alpina masculina da Noruega faz praticamente tudo juntos. Não há segredos em termos de táticas ou técnicas individuais na equipe, eles compartilham tudo o que sabem. Dessa forma, ganham medalhas juntos. Eles se dão tão bem e sentem um espírito tão forte de coleguismo que até compartilham camas às vezes.
Em seu livro “The No Asshole Rule“, Robert Sutton mostra que mudar o comportamento dos idiotas da equipe ou, em última instância, eliminá-los, é requisito para aumentar a produtividade e bem-estar do restante do grupo. É mais ou menos isso que tentam fazer os técnicos das equipes norueguesas.
Se o atleta não for capaz de respeitar e conviver bem com os outros ele está fora, por mais habilidoso que seja.
No país praticamente não há estruturas de classe. Isso vale também para o esporte. Atletas com maiores habilidades, diferentes idades ou mais conquistas não ganham privilégios ou tratamentos superiores. Não há novatos e nem campeões no time. Nos momentos de alimentação, os noruegueses sempre tentam comer juntos.
Raramente ficam em hotéis 5 estrelas, e só ficam em quartos simples quando há um número ímpar de atletas. Por lá, todos são iguais.
Além disso, o tecido social do grupo é primordial. Inclusive há um ditado norueguês que diz: “não há quase nenhuma habilidade que você possa ter que seja tão boa que permita arruinar as qualidades sociais da equipe.”
Como eles passam praticamente o ano inteiro juntos, a sua vida fora da neve tem que ser muito boa. Portanto, lá você fala um com o outro, e não um sobre o outro.
O desenvolvimento de talentos nunca é um processo fácil, especialmente nos esportes. Muitas vezes as crianças podem ser pressionadas por treinadores e pais, gerando distúrbios para o futuro. Na Noruega, as crianças são encorajadas a se juntarem a clubes esportivos locais para ajudar em seu desenvolvimento social. Entretanto, há regras rígidas que impedem qualquer um de marcar pontos. Ninguém pode ser classificado de primeiro a último até completar 13 anos.
O objetivo é que elas pratiquem esportes porque querem e não por pressão ou para vencerem. O foco está em outros aspectos, não no lado competitivo. Em vez disso, os jovens devem se divertir e se desenvolver não apenas como atletas, mas como pessoas sociais. O que o país realmente quer é deixar as crianças criarem e seguirem seu próprio caminho.
Quando adultos, o controle para evitar a pressão sobre os atletas é fundamental para a alta performance deles. Os treinadores, por exemplo, não informam aos atletas quanto eles pesam. É muito perigoso, pois eles podem desenvolver distúrbios alimentares. De forma geral, os noruegueses não ficam monitorando os outros na hora da realização de tarefas. Eles assumem que o outro já sabe sua responsabilidade e não precisa ser lembrado.
Os noruegueses entenderam que a melhor forma de motivar os atletas é não dando premiação em dinheiro ou qualquer compensação pelo sucesso por parte das federações. Ou seja, quer recebam uma medalha de ouro ou o último lugar, eles saem de lá apenas com o salário.
A ideia é que prêmios podem acabar gerando incentivos distorcidos para seus atletas, fazendo-os se tornarem pessoas diferentes do que gostariam ou deveriam ser. Para eles, o atleta precisa querer ganhar em seu esporte não porque vai ficar mais rico, mas porque tem uma motivação intrínseca.
Comer tacos nas sextas-feiras é uma tradição antiga norueguesa. No esporte, há uma regra não-oficial entre as equipes onde todos os atletas aproveitam esses momentos para trazerem a família para comer com eles. Pode parecer brincadeira, mas isso serve como forma de gerar rotinas e tradições que possibilitam o convívio social entre atletas e famílias. Isso desenvolve ainda mais o espírito de equipe e, consequentemente, os resultados obtidos.
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É inegável que a Noruega é um dos países mais desenvolvidos e igualitários do mundo. Isso se reflete não apenas no seu desenvolvimento econômico-social interno, mas também no incrível sucesso nos esportes. Junte um país onde as crianças são treinadas desde cedo a colaborarem umas com as outras, a uma quantidade enorme de montanhas e neve, e você tem um país recordista em medalhas nos Jogos Olímpicos de Inverno.
Com o exemplo norueguês é possível ver que o desenvolvimento de equipes não se dá por acaso. É necessária uma série de estratégias e cuidados para se formar equipes de sucesso. No Brasil, sem dúvidas, ainda temos muito a aprender com os nórdicos, para que, um dia, ainda possamos ser uma nação mais desenvolvida.
Agora, você pode começar o processo de transformação do nosso país se tornando um líder melhor para sua equipe. Mas, antes disso, você precisa aprender a ser líder. Portanto, se quiser desenvolver melhores habilidades profissionais, recomendo que faça um curso na Udemy, a maior plataforma de cursos online do mundo.
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